sábado, 9 de janeiro de 2010

O QUE VOCÊ QUER?


Quelyno Souza

Quando amanhã chegar
Vai ser cedo demais
Pra pensar em te perder
Não posso sofrer tanto assim
Se cada um vive como quer
O que você quer de mim?

Vem namorar na minha casa
Faz do meu corpo sua presa
Janta às 9 horas
Minha comida chinesa

Na cama faz juras de amor
Desarruma minha vida, me distrai
Passa meu CD preferido
Deixa um abraço amigo e sai

O MEU AMOR É CEGO

Quelyno Souza

Nós vivemos amarrados
Eu e ela como um nó cego
Um pelo amor do outro se mata
No estado do nego

Proponho uma garrafa na mesa
Em sinal do nosso grande amor
Um vinho branco ou tinto
Ela me vem com uma xícara de café
Mesmo assim declaro tudo que sinto

Nos seus braços me entrego
A cada instante que junto ficamos
Por isso digo e não nego
"Acredite se quiser"
O meu amor é cego

FISGADO


Quelyno Souza

Com um cheirinho na nuca
E outro no pé do ouvido
Com um jeito provocante
Em todos os sentidos
Vou matar ou morrer de amor
Ou ficar possuído

Um banho a dois
Instiga meu desejo
Acabo sendo fisgado
Por seus doces beijos

Mais uma vez sou abatido
Com seus sussurros no meu ouvido
Nesse instante sou presa fácil
E caio nas suas malhas desprevenido

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

FÊMEA

Quelyno Souza

Eu vou usar o batom vermelho
Pra colorir os lábios meus
Na madrugada rabiscar no espelho
Meu nome juntinho ao seu
Manchar sua gravata sem lhe dizer
Estraçalhar sua roupa e arranhar você

No apartamento depois de um beijo
Nos braços de quem amo
Na cama entrego todo meu desejo
Você brinca com meus planos
Eu sou mais uma apaixonada
Nesse jogo de perdas e danos

DIAMANTE

Vejo nos seus olhos
Duas pedras de cristais
Em outros braços
Você corre perigo
Sou seu amante
O seu melhor amigo
Em mais um dia
Dia de amantes

DE PONTA A CABEÇA

Quelyno Souza

Por favor, por aqui...
Não mais apareça
Você virou minha vida
De ponta a cabeça
Vou morar num lugar
Que você não conheça

Não quero mais te encontrar
Do nosso caso esqueça
Você embaraçou meu sentimento
Como um quebra-cabeça
Saia daqui...
E de minha vida desapareça

DE BATOM VERMELHO

Quelyno Souza

Um hidratante
Na pele
Um creme
No cabelo
De vestido
Prendado
E nos lábios
Batom vermelho

COMIGO-NINGUÉM-PODE

Quelyno Souza

Quando ela passa na praça
Sua silhueta sacode
Imagino seu corpo nu
E de paixão meu coração explode
Para conquistar essa mulher
Cortei o cabelo, tirei a barba e bigode
Comprei fragrância francesa
Um novo celular e um iPod

Depois que ela cair na minha
Registrarei nosso caso numa Poraroid
Na América, África, Ásia, Europa e Oceania
Toda essa história divulgarei num tablóide
E gritarei ao mundo inteiro:
Comigo-ninguém-pode

AMOR INTENSO

Quelyno Souza

Eu e minha amada
Um só coração
Nus debaixo do lençol
Vivemos ardentemente
Nossa paixão
Sem dizer nada
Entregamos-nos completamente
Nem uma palavra sequer
E nos amamos intensamente

AMOR GENÉRICO

Quelyno Souza

te encontro por acaso
Você vive fingindo e fugindo
É uma boa contadora de estórias
Quer levar vantagens mentido

O teu amor é passageiro
De crédito virou débito
Não passa de uma farsa
De um amor genérico

Pensa que vivo na ilusão
Pensa que pode enganar
O meu sentimento e coração

Não usa a fórmula como deveria
Dessa maneira minha querida
Você vai acabar ficando pra titia

AMOR BARATO

Quelyno Souza

Desligo o circulador
Acendo uma vela
Apago a lâmpada
Escancaro a janela

Se eu fico triste
Ela rir de mim
Como de costume
Mente, mente, mente...

Se eu fico doente
Ela não vem me ver
Não ver...
Que estou carente

Cospe no meu sentimento
Me chama de insensato
Ainda desafio em via pública
Esse seu amor barato

ABECEDÁRIO FEMININO

Quelyno

Antônia, Amélia, Andréia, Adriana
Bárbara, Beatriz, Beth, Betânia e Bernadete
Clara, Célia, Carol, Cláudia, Cristiane
Dalva, Daniele, Diana, Dione e Djanete
Eliane, Érika, Elba, Emilia, Edlane
Francisca, Fátima, Fabiana, Flora e Francinete
Gabriela, Giovana, Gilda, Gina, Geórgia
Helena, Hilda, Heloisa, Hebe e Harliete

Isabele, Isis, Izabel, Ivone, Ivete
Jackeline, Janete, Júlia, Jussara e Juliana
Kátia, Kézia, Kaline, Keila, Keite
Luzia, Leila, Lívia, Lúcia e Luana
Maria, Marijane, Márcia, Marta, Mariane
Nalva, Neves, Núbia, Noêmia e Nãna
Ozanete, Odete, Olímpia, Otilia, Olívia
Patrícia, Paula, Pietra, Penha e Poliana

Quitéria, Querência, Quintana, Queluzita, Quilma
Rosimery, Ruth, Rosa, Rosângela e Rejane
Severina, Silene, Susana, Sheila
Tânia, Thais, Tereza, Talita e Ticiane
Ubaíra, Urana, Ursulina, Ubalda, Úrsula
Vânia, Vera, Verônica, Viviane e Veridiane
Waldirene, Wanda, Walkiria, Walmira, Wanessa
Xerazade, Xica, Xuxa, Xênia e Xaiane

SUA FARSA

Quelyno Souza

Meia palavra é jogar palavra fora
Num dia ensolarado ao meio dia
Ela já não me namora
Na meia noite madrugada fria
Me pede meia hora
Volta e meia, e eu volto
E pergunto por que não agora?

Me beija e abraça
A meia-luz
De meia-calça
Seus meios me seduz
E a noite logo passa
Caio mais uma vez
Na sua farsa

O dia logo amanhece
Esqueço as horas
O coração fica partido
E o peito chora
Vou parar na rua
Sentado no meio fio
Vejo ela e a lua indo embora