
A PELEJA DO SOLTEIRO CONTRA O CASADO
História contada por nosso Quelyno
Viraria manchete e letra de hino
No mundo poético dos cordelistas
Daudeth Bandeira, Ivanildo e Panela
Otacílio Batista, Dimas, Lourival,
E outros que pensam em fazer dela
Manchete constante de um só jornal
Quelyno peleja mas nunca revela
O segredo guardado para o seu final
Jornalista 1berto de Almeida
A PELEJA DO SOLTEIRO CONTRA O CASADO
Quelyno Souza
(casado)
Todo homem deve ter uma mulher
Para viver com grande felicidade
Construir uma bela família
Com amor e responsabilidade
Senão vai levar chifre da namorada
E sair dizendo que é feliz de verdade
(solteiro)
Na despedida de solteiro
No bar ele fez arruaças
Quebrou copo, garrafa
Mesa, cadeira e vidraça
Levou uma surra da policia
Que ficou “cagado” nas calças
(casado)
Este sujeito quando bebe
É aquele lengalenga
Por qualquer besteira
O danado arenga
Foi parar na delegacia
Por causa de uma quenga
(solteiro)
Já lhe disse que não quero casar
Da namorada eu tenho é piedade
Nem no dia de “São Nunca”
Só se for contra a minha vontade
Só juntarei meus trapos e troços
Se for para entrar na alta sociedade
(casado)
O meu lar é abençoado
Não tem feitiço nem praga
Todos os dias lá em casa
A família toda me afaga
Carinho da esposa e filhos
Gesto que o dinheiro não paga
(solteiro)
A vida do homem casado
É viver no sofrimento
Escravizado pela mulher
Vive triste feito um jumento
Depois que cai na enrascada
Chamada de casamento
(casado)
Na hora dele fazer a barba
Falta-lhe grana até pra Gillette
Loção e creme de barbear
Usa palito como cotonete
O coitado só tem dinheiro
Pra comprar goma de chiclete
(solteiro)
Agora depois de casado
Passou a ser um refém
Pela esposa é manipulado
Não sabe mais o que tem
A mulher controla tudo
Ele de bens nada tem
(casado)
Desde o dia que casei
No meu lar nada faltou
Passei a lua de mel
Fazendo 24 horas amor
Vivemos em harmonia
E o nosso guri já chegou
(solteiro)
Ele fala que vive em harmonia
Na verdade vive correndo perigo
Tem que lavar, passar e cozinhar
Do contrário da patroa leva castigo
Quem tem uma mulher dessa
"Não precisa na vida de inimigo"
(casado)
A casa de sua atual namorada
Não passa de um barraco
O pãozinho francês é dormido
O cafezinho de lá só sai fraco
O ambiente da sala e cozinha
Só cheira a catinga de sovaco
(solteiro)
O almoço na casa dele
Certo dia saiu insosso
Noutro salgado demais
Da galinha pé e pescoço
Numa mistura de farinha
Com caldo de feijão e osso
(casado)
Lá em casa a mesa é farta
Nada falta meu Senhor
Da família não cobro nada
Cada dia mais feliz eu sou
Você vai morrer de inveja
Sem saber o que é o amor
(solteiro)
Certa feita na casa deste senhor
Fui convidado pra comer cioba
Peixe que se for bem tratado
O sujeito come tudo e nada sobra
O prato de lá estava tão ruim
Não passava de uma gororoba
(casado)
A namorada deste rapaz
Parece mais Olívia Palito
Não sabe lavar nem cozinhar
Além de feia só fala no grito
Ninguém sabe qual dos dois
É o mais ridículo e gasguito
(solteiro)
Quando o sábado amanhece
A mulher quer ir à feira
O coitado sem dinheiro
Faz fiado e cai na bebedeira
Chega em casa sem nada
Na manhã de segunda-feira
(casado)
Este rapaz ainda não casou
Por ser feio vive com desgosto
Já não sabe mais o que fazer
Todo santo dia vai ao posto
Marcar pelo SUS uma cirurgia
Pra colocar botox no rosto
(solteiro)
Namorar é muito bom
Nunca entrei pelo cano
Já perdi até as contas
Das garotas que engano
Quero viver curtindo a vida
Casar só daqui a 100 anos
(casado)
Ele é metido a ser correto
Namorou uma moça depravada
Uma tal de “Maria Corrimão”
Prostituta de carta marcada
Chegou em casa logo dizendo:
-Pai, olha a minha namorada!
(solteiro)
Se a garota é charmosa
Demonstro que sou sincero
Conquistar e fazer amizade
Na vida é o que mais quero
Amar sem nenhuma medida
E viver com preocupação zero
(casado)
No dedo anelar da mão esquerda
O casado carrega a sua aliança
Simbolizando o seu estado civil
O solteiro só pensa em vingança
Vive metido em cada encrenca
Perturbando amigos e a vizinhança
(solteiro)
O homem quando se casa
Chama a mulher de querida
Ela meu bem e meus bens
Logo cresce a barriga
Chega o filho com aperreio
O pai e a mãe vive na intriga
(casado)
No fim de semana leva a garota
Pra comer churrasquinho de gato
Passear e comentar a vida alheia
Ouvir o que não presta e fazer boato
Por onde este casal caminhar
Ganha sem demora a fama de chato
(solteiro)
Este senhor foi trabalhar fora
Na empresa de um grã-fino
Na volta achou a esposa diferente
Ela esperava mais um menino
Procurando o pai da criança
Por pouco não virou assassino
(casado)
Senão fizesse o teste de DNA
Este moço seria enganado
De susto ele quase morre
Quando recebeu o resultado
Para a sua maior decepção
O pai da criança era o delegado
(solteiro)
A moça que tinha um belo corpo
Hoje no corpo só tem banha
Quando ela fica por cima
Ele não aguenta e faz manha
Se não fizer do jeitinho dela
Toda noite na cama ele apanha
(casado)
O casamento trouxe-me alegria
Casei com uma bonita donzela
Hoje virou uma senhora do lar
Não existe mulher mais bela
Cuida de mim e dos filhos
Vivo apaixonado demais por ela
(solteiro)
Todo final de semana tem festa
Tem cerveja, cachaça e mulher
Namoro e fico a vontade
Não dou mole, não sou Mané
Assim meu amigo vou vivendo
Até quando Jesus Cristo quiser
(casado)
Dormir a dois é muito bom
O amor fica muito mais forte
Ter uma mulher como a minha
É preciso o sujeito ter sorte
O nosso caso só vai acabar
No dia da minha morte
(solteiro)
Assim que este individuo casou
Da esposa cresceu a barriga
Ficou andando todo desconfiado
E na rua o povo fazendo intriga
Comentando em todo canto
Será ele o pai do filho da rapariga?
(casado)
Não é mentira minha, este rapaz
Quando namorava uma gata
Andava todo abestalhado
Só saia de terno e gravata
Depois que virou corno afamado
Ficou aí entregue as baratas
(solteiro)
Na praia sua esposa faz pose
De biquíni fio dental rebola
No shopping de tudo compra
Sai de lá arrastando sacolas
E o marido besta em casa
Tomando cachaça e coca-cola
(casado)
Ele fez uma declaração de amor
Pensando que namorava uma musa
Por onde passava chamava atenção
De salto alto e de decote na blusa
A moça roubou todo o seu dinheiro
E até hoje a danada ainda lhe abusa
(solteiro)
O homem que não cuida da esposa
Tem o seu destino todo traçado
A mulher vive pulando a cerca
E ele cego ainda diz que é amado
E o povo na rua só fuxicando
Eita! Que cheiro de chifre queimado!
(casado)
Você confia em qualquer mulher
Numa noite gasta todo o salário
Com restaurante, boate e motel
Por onde passa é chamado de otário
Se for dormir na casa da namorada
Na hora H, o Ricardão sai do armário
(solteiro)
Deus perdoe este senhor
Que me xinga desse jeito
Sem motivos aparentes
Tudo que faço coloca defeito
Será que ele tem ciúmes de mim
Ou vive com amargura no peito?
(casado)
O fato que agora vou contar
Aconteceu com este moço
Depois que perdeu a noiva
Conheceu o fundo do poço
Largado no meio da rua
Ficou só o couro e o osso
(solteiro)
Para agradar a sua esposa
Ele comprou à prestação
Um celular ultrapassado
O aparelho era de cartão
Por incrível que pareça
Nunca fez uma ligação
(casado)
Certo dia este moço foi enganado
De desgosto da vida quase some
O que a sua namorada escondia
Entre as pernas assustava o homem
Seus peitos pontudos não passavam
De duas bolas flácidas de silicone
(solteiro)
Tenho pena de sua senhora
Que é uma mulher de estudo
Ter que suportar um analfabeto
Analfabeto de pai e mãe em tudo
É mil vezes melhor conversar
Com um cego, surdo e mudo
(casado)
Se você casar num domingo
Vai levar ponta na segunda
Na terça-feira tentar o suicídio
Na quarta sofrer de caganeira
Na quinta ser chamado de corno
E fugir com aprendiz de piniqueira
(solteiro)
Namorar uma mulher burra e feia
É levar da vida um grande castigo
Aguentar todo tipo de brincadeira
Servindo de chacota para os amigos
Viver de si mesmo desconfiado
E com medo até de papa-figo
(casado)
A gata dele gosta de vestir
Blusa tomara-que-caia
Calça colada, short curto
Vestidinho e microssaia
O coitado vai acabar
Levando mais uma “cangaia”
(solteiro)
Na casa dele todos estão doentes
Com a balança ele sempre briga
A mulher com varizes e celulite
A filha reclama de dor de barriga
O cachorro e o gato com carrapato
E o recém-nascido com lombrigas
(casado)
O homem sem uma esposa
Vive triste e abandonado
O sujeito que não casa
Não sabe o que é ser amado
Vai parar internado num asilo
Doente, sozinho e abusado
(solteiro)
Todo fim de semana é assim...
A mulher dele, dele enche o saco
Para cortar e pintar a cabeleira
Tomar banho de colônia Racco
Passar esmalte nas unhas
E depilar as coxas e o sovaco
(casado)
Rapaz você não tem educação
Andando em público tira meleca
No carro, ônibus e trem arrota
Bebe água sem lavar a caneca
Toda vez que solta um “pum”
Não escapa calça nem a cueca
(solteiro)
Na época de sua infância
Era acostumado a comer barro
Na adolescência tomava pinga
Cerveja, rum e fumava cigarro
Agora já depois de velho no peito
Só carrega tristeza e catarro
(casado)
Este rapaz usava perfume de grife
De noite apostava todas as fichas
Cortava o cabelo num salão de luxo
Fazia as unhas, nos pés passava lixa
Acabava de madrugada numa pousada
Dormindo nos braços de uma bicha
(solteiro)
Ele fala mas nada prova
Fofoca e foge do assunto
De tanto entrar em enrascada
Qualquer dia vai virá presunto
Pelo jeito a funerária vai faturar
Com mais um caixão de defunto
História contada por nosso Quelyno
Viraria manchete e letra de hino
No mundo poético dos cordelistas
Daudeth Bandeira, Ivanildo e Panela
Otacílio Batista, Dimas, Lourival,
E outros que pensam em fazer dela
Manchete constante de um só jornal
Quelyno peleja mas nunca revela
O segredo guardado para o seu final
Jornalista 1berto de Almeida
A PELEJA DO SOLTEIRO CONTRA O CASADO
Quelyno Souza
(casado)
Todo homem deve ter uma mulher
Para viver com grande felicidade
Construir uma bela família
Com amor e responsabilidade
Senão vai levar chifre da namorada
E sair dizendo que é feliz de verdade
(solteiro)
Na despedida de solteiro
No bar ele fez arruaças
Quebrou copo, garrafa
Mesa, cadeira e vidraça
Levou uma surra da policia
Que ficou “cagado” nas calças
(casado)
Este sujeito quando bebe
É aquele lengalenga
Por qualquer besteira
O danado arenga
Foi parar na delegacia
Por causa de uma quenga
(solteiro)
Já lhe disse que não quero casar
Da namorada eu tenho é piedade
Nem no dia de “São Nunca”
Só se for contra a minha vontade
Só juntarei meus trapos e troços
Se for para entrar na alta sociedade
(casado)
O meu lar é abençoado
Não tem feitiço nem praga
Todos os dias lá em casa
A família toda me afaga
Carinho da esposa e filhos
Gesto que o dinheiro não paga
(solteiro)
A vida do homem casado
É viver no sofrimento
Escravizado pela mulher
Vive triste feito um jumento
Depois que cai na enrascada
Chamada de casamento
(casado)
Na hora dele fazer a barba
Falta-lhe grana até pra Gillette
Loção e creme de barbear
Usa palito como cotonete
O coitado só tem dinheiro
Pra comprar goma de chiclete
(solteiro)
Agora depois de casado
Passou a ser um refém
Pela esposa é manipulado
Não sabe mais o que tem
A mulher controla tudo
Ele de bens nada tem
(casado)
Desde o dia que casei
No meu lar nada faltou
Passei a lua de mel
Fazendo 24 horas amor
Vivemos em harmonia
E o nosso guri já chegou
(solteiro)
Ele fala que vive em harmonia
Na verdade vive correndo perigo
Tem que lavar, passar e cozinhar
Do contrário da patroa leva castigo
Quem tem uma mulher dessa
"Não precisa na vida de inimigo"
(casado)
A casa de sua atual namorada
Não passa de um barraco
O pãozinho francês é dormido
O cafezinho de lá só sai fraco
O ambiente da sala e cozinha
Só cheira a catinga de sovaco
(solteiro)
O almoço na casa dele
Certo dia saiu insosso
Noutro salgado demais
Da galinha pé e pescoço
Numa mistura de farinha
Com caldo de feijão e osso
(casado)
Lá em casa a mesa é farta
Nada falta meu Senhor
Da família não cobro nada
Cada dia mais feliz eu sou
Você vai morrer de inveja
Sem saber o que é o amor
(solteiro)
Certa feita na casa deste senhor
Fui convidado pra comer cioba
Peixe que se for bem tratado
O sujeito come tudo e nada sobra
O prato de lá estava tão ruim
Não passava de uma gororoba
(casado)
A namorada deste rapaz
Parece mais Olívia Palito
Não sabe lavar nem cozinhar
Além de feia só fala no grito
Ninguém sabe qual dos dois
É o mais ridículo e gasguito
(solteiro)
Quando o sábado amanhece
A mulher quer ir à feira
O coitado sem dinheiro
Faz fiado e cai na bebedeira
Chega em casa sem nada
Na manhã de segunda-feira
(casado)
Este rapaz ainda não casou
Por ser feio vive com desgosto
Já não sabe mais o que fazer
Todo santo dia vai ao posto
Marcar pelo SUS uma cirurgia
Pra colocar botox no rosto
(solteiro)
Namorar é muito bom
Nunca entrei pelo cano
Já perdi até as contas
Das garotas que engano
Quero viver curtindo a vida
Casar só daqui a 100 anos
(casado)
Ele é metido a ser correto
Namorou uma moça depravada
Uma tal de “Maria Corrimão”
Prostituta de carta marcada
Chegou em casa logo dizendo:
-Pai, olha a minha namorada!
(solteiro)
Se a garota é charmosa
Demonstro que sou sincero
Conquistar e fazer amizade
Na vida é o que mais quero
Amar sem nenhuma medida
E viver com preocupação zero
(casado)
No dedo anelar da mão esquerda
O casado carrega a sua aliança
Simbolizando o seu estado civil
O solteiro só pensa em vingança
Vive metido em cada encrenca
Perturbando amigos e a vizinhança
(solteiro)
O homem quando se casa
Chama a mulher de querida
Ela meu bem e meus bens
Logo cresce a barriga
Chega o filho com aperreio
O pai e a mãe vive na intriga
(casado)
No fim de semana leva a garota
Pra comer churrasquinho de gato
Passear e comentar a vida alheia
Ouvir o que não presta e fazer boato
Por onde este casal caminhar
Ganha sem demora a fama de chato
(solteiro)
Este senhor foi trabalhar fora
Na empresa de um grã-fino
Na volta achou a esposa diferente
Ela esperava mais um menino
Procurando o pai da criança
Por pouco não virou assassino
(casado)
Senão fizesse o teste de DNA
Este moço seria enganado
De susto ele quase morre
Quando recebeu o resultado
Para a sua maior decepção
O pai da criança era o delegado
(solteiro)
A moça que tinha um belo corpo
Hoje no corpo só tem banha
Quando ela fica por cima
Ele não aguenta e faz manha
Se não fizer do jeitinho dela
Toda noite na cama ele apanha
(casado)
O casamento trouxe-me alegria
Casei com uma bonita donzela
Hoje virou uma senhora do lar
Não existe mulher mais bela
Cuida de mim e dos filhos
Vivo apaixonado demais por ela
(solteiro)
Todo final de semana tem festa
Tem cerveja, cachaça e mulher
Namoro e fico a vontade
Não dou mole, não sou Mané
Assim meu amigo vou vivendo
Até quando Jesus Cristo quiser
(casado)
Dormir a dois é muito bom
O amor fica muito mais forte
Ter uma mulher como a minha
É preciso o sujeito ter sorte
O nosso caso só vai acabar
No dia da minha morte
(solteiro)
Assim que este individuo casou
Da esposa cresceu a barriga
Ficou andando todo desconfiado
E na rua o povo fazendo intriga
Comentando em todo canto
Será ele o pai do filho da rapariga?
(casado)
Não é mentira minha, este rapaz
Quando namorava uma gata
Andava todo abestalhado
Só saia de terno e gravata
Depois que virou corno afamado
Ficou aí entregue as baratas
(solteiro)
Na praia sua esposa faz pose
De biquíni fio dental rebola
No shopping de tudo compra
Sai de lá arrastando sacolas
E o marido besta em casa
Tomando cachaça e coca-cola
(casado)
Ele fez uma declaração de amor
Pensando que namorava uma musa
Por onde passava chamava atenção
De salto alto e de decote na blusa
A moça roubou todo o seu dinheiro
E até hoje a danada ainda lhe abusa
(solteiro)
O homem que não cuida da esposa
Tem o seu destino todo traçado
A mulher vive pulando a cerca
E ele cego ainda diz que é amado
E o povo na rua só fuxicando
Eita! Que cheiro de chifre queimado!
(casado)
Você confia em qualquer mulher
Numa noite gasta todo o salário
Com restaurante, boate e motel
Por onde passa é chamado de otário
Se for dormir na casa da namorada
Na hora H, o Ricardão sai do armário
(solteiro)
Deus perdoe este senhor
Que me xinga desse jeito
Sem motivos aparentes
Tudo que faço coloca defeito
Será que ele tem ciúmes de mim
Ou vive com amargura no peito?
(casado)
O fato que agora vou contar
Aconteceu com este moço
Depois que perdeu a noiva
Conheceu o fundo do poço
Largado no meio da rua
Ficou só o couro e o osso
(solteiro)
Para agradar a sua esposa
Ele comprou à prestação
Um celular ultrapassado
O aparelho era de cartão
Por incrível que pareça
Nunca fez uma ligação
(casado)
Certo dia este moço foi enganado
De desgosto da vida quase some
O que a sua namorada escondia
Entre as pernas assustava o homem
Seus peitos pontudos não passavam
De duas bolas flácidas de silicone
(solteiro)
Tenho pena de sua senhora
Que é uma mulher de estudo
Ter que suportar um analfabeto
Analfabeto de pai e mãe em tudo
É mil vezes melhor conversar
Com um cego, surdo e mudo
(casado)
Se você casar num domingo
Vai levar ponta na segunda
Na terça-feira tentar o suicídio
Na quarta sofrer de caganeira
Na quinta ser chamado de corno
E fugir com aprendiz de piniqueira
(solteiro)
Namorar uma mulher burra e feia
É levar da vida um grande castigo
Aguentar todo tipo de brincadeira
Servindo de chacota para os amigos
Viver de si mesmo desconfiado
E com medo até de papa-figo
(casado)
A gata dele gosta de vestir
Blusa tomara-que-caia
Calça colada, short curto
Vestidinho e microssaia
O coitado vai acabar
Levando mais uma “cangaia”
(solteiro)
Na casa dele todos estão doentes
Com a balança ele sempre briga
A mulher com varizes e celulite
A filha reclama de dor de barriga
O cachorro e o gato com carrapato
E o recém-nascido com lombrigas
(casado)
O homem sem uma esposa
Vive triste e abandonado
O sujeito que não casa
Não sabe o que é ser amado
Vai parar internado num asilo
Doente, sozinho e abusado
(solteiro)
Todo fim de semana é assim...
A mulher dele, dele enche o saco
Para cortar e pintar a cabeleira
Tomar banho de colônia Racco
Passar esmalte nas unhas
E depilar as coxas e o sovaco
(casado)
Rapaz você não tem educação
Andando em público tira meleca
No carro, ônibus e trem arrota
Bebe água sem lavar a caneca
Toda vez que solta um “pum”
Não escapa calça nem a cueca
(solteiro)
Na época de sua infância
Era acostumado a comer barro
Na adolescência tomava pinga
Cerveja, rum e fumava cigarro
Agora já depois de velho no peito
Só carrega tristeza e catarro
(casado)
Este rapaz usava perfume de grife
De noite apostava todas as fichas
Cortava o cabelo num salão de luxo
Fazia as unhas, nos pés passava lixa
Acabava de madrugada numa pousada
Dormindo nos braços de uma bicha
(solteiro)
Ele fala mas nada prova
Fofoca e foge do assunto
De tanto entrar em enrascada
Qualquer dia vai virá presunto
Pelo jeito a funerária vai faturar
Com mais um caixão de defunto